domingo, 30 de maio de 2010

Complexidade do Ser e Definição de Mundo no Pensamento Eco-Filosófico de Heráclito

Sebastião Jacinto dos Santos – Bacharel e Licenciado em Filosofia - UFRN
Profª Dra. Nísia Floresta Brasileira Augusta de Paula e Sousa
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Trabalho apresentado no




“A borboleta que quer romper seu casulo,
ela o puxa e o rasga: então a luz desconhecida
a cega e a inebria, o império da liberdade.”
(NIETSZCHE, p. 93 - 2006)

INTRODUÇÃO
O trabalho apresenta um recorte das principais
idéias do filósofo grego Heráclito de Éfeso, como
pressuposto para uma Eco-Filosofia, ou seja, um pensar
filosófico para a compreensão da problemática
ecológica atual, resgatando a filosofia da natureza e sua
complexa relação para o entendimento do sentido da
vida. Assim, toma-se por base as definições do
Heráclito citado na obra nietzschesiana, e para
alimentar o discurso, recorre-se a pensadores da
atualidade que tecem versão sobre o papel da Ecopedagogia.
As conclusões foram definidas a partir de
atividades com alunos do Ensino Médio de escolas
públicas do município de Natal.

OBJETIVO:
Alimentar o discurso sobre a Eco-Filosofia,
proporcionar elementos para o trabalho dos professores
de Filosofia com os elementos da eco-pedagogia e da
reflexão sobre os problemas ambientais atuais.

METODOLOGIA
A partir de debate em sala de aula, sobre a
problemática ecológica na pós-modernidade,
construiu-se com os alunos uma série de atividades
sobre o assunto; estudaram-se conceitos como Ecopedagogia,
Alfabetização ecológica, Eco-filosofia e
respectivos pensadores destas correntes de pensamento.
A partir de aulas-passeio, se construiu divisão de
grupos para apresentação de trabalhos sobre as
observações do passeio fazendo ligação dos
pensamentos dos filósofos estudados com a
problemática ecológica da comunidade.

EIXOS TEMÁTICOS DO CURSO
• Eco-pedagogia no tecer da vida - Gadotti, (2000), Capra, (2001);
• Educação e Complexidade - Morin, (1997), (2002);
• Educação para a liberdade - Nietszche, (1987), (2006);
• Educação Holística Cavalcanti, (2002), Hutchison, (2000);
• Eco-filosofia ou Ecosofia - Skwara (2002);
• Hhumanismo - Sartre, (1978);
• Sentido do ser e Eco-mundo - Heráclito, (1997) Neitzsche, (1987).

CONCLUSÃO
Interessa, entretanto, a quem procurar compreender
melhor essa ambição de uma existência do ser
complexo no mundo dilacerado pelos problemas
ecológicos, considerar também, no estudo, as condições
para o surgimento da eco-filosofia de Heráclito (sua
época, sua reação frente ao seu contexto, sua biografia e
suas influências intelectuais), bem como a intenção que
Nietzsche teve ao elaborar sua incisiva crítica contra
toda rede de valores ocidentais, segundo ele,
sustentadora de uma cultura de declínio da vida nos seus
elementos mais vitais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. 6.ed. São
Paulo: Cultrix, 2001.
CAVALCANTI, Clóvis. Meio Ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São
Paulo: Cortez, 2002.
COMPLESTON, Frederick. Nietzsche: filósofo da cultura. Col. Filosofia e Religião, IX. Porto:
Livraria Tavares Martins, 1979.
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da terra. São Paulo: Petrópolis, 2000.
HERÁCLITO. Fragmentos . In vol. Os Pré-Socráticos , col. Os Pensadores. Trad. - de José
Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1997.
HUTCHISON, David. Educação Ecológica - Idéias sobre consciência ambiental. Porto Alegre:
Artes Médicas Sul, 2000.
MORIN, E. Ciência com Consciência. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 1997. 2ed.
_________.(2002). Educação e Complexidade: os sete saberes e outros ensaios. Maria da
Conceição Almeida, Edgar de Assis Carvalho (orgs). São Paulo: Cortez, 2002.
NEITZSCHE, Humano, Demasiado Humano. Edt. Escala. 2006.
___________. A filosofia na idade trágica dos gregos. Lisboa, Edições 70, 1987.
SARTRE, Jean Paul. O Existencialismo é um Humanismo. São Paulo: Os Pensadores. Abril
Cultural, 1978.
SKWARA, W. Fundamentos Cosmológicos de uma Eco-Filosofia em Teilhard de Chardin. In:
ANAIS do X Encontro Nacional de Filosofia da ANPOF, 2002, São Paulo. 2002. v. 1. p. 54-54.

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